Posted by : Unknown quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Nossa saúde é coisa muita séria. Em um relativo curto período, os videogames se tornaram um valioso parceiro nesta causa. Eles agora são usados como ferramentas poderosas na luta para se preservar o bem estar, auxiliar na cura de diversas doenças e treinar profissionais para emergências médicas

Crianças jogando Wii (Foto: Divulgação)
Crianças jogando Wii (Foto: Divulgação)

O game Wii Fit para o console da Nintendo usa uma balança com sensores que proporciona aos usuários realizarem exercícios aeróbicos, melhorar a coordenação motora, força e até mesmo praticar yoga. Ele mede o índice de massa corporal do jogador e cria um programa de exercícios personalizado, que gradualmente vai se tornando mais desafiador, enquanto dá dicas de saúde e de como manter uma boa condição física entre um exercício e outro.

No Brasil ainda são poucas as escolas e instituições com programas específicos para educação física. Para manter, então, as crianças mais saudáveis e menos sedentárias, muitas academias e principalmente pais estão descobrindo os videogames e o jogos chamados de “exergames,” que promovem o aumento das atividades físicas e geram curiosidade e excitação entre as crianças.


Por exemplo, um game chamado “Dance Dance Revolution”, produzido pela Konami, requer que os jogadores dancem vigorosamente seguindo a indicação de quatro setas mostradas na tela, enquanto repetem este movimentos, os jogadores estão também acompanhando o ritmo da música. Em Nova Iorque, Estados Unidos, a “Parsippany-Troy Hills School District” comprou monitores e outros equipamentos para medir a frequência cardíaca dos estudantes enquanto eles jogam videogames. A “Idaho Digital Learning Academy” incorporou o Wii Fit nas aulas de educação física. Os alunos recebem instruções online, e podem fazer as aulas em casa. Cada exercício relacionado ao Wii também conta com um dever de casa, como por exemplo, identificar as diferentes partes do sistema cardiovascular.

Crianças jogando "Dance Dance Revolution" (Foto: Divulgação)Crianças jogando "Dance Dance Revolution" (Foto: Divulgação)
E estudantes não são os únicos que usam os vídeo games para entrar em forma; o conceito vem sendo adotado por adultos e personal trainers. Casas de repouso já estão começando a usar o Nintendo Wii para manter seus hóspedes fisicamente ativos. Quando os hospedes ouvem que vão jogar Wii, eles se sentem mais motivados a levantarem da cadeira e iniciarem a terapia.

Personal trainers e academias, também estão usando sistemas interativos de exercícios que empregam a tecnologia dos videogames para tornar os exercícios mais atraentes. Professores atestam que os games proporcionaram uma melhoria na resistência, velocidade, coordenação e equilíbrio dos alunos. E vão mais além, revelam que as diferentes modalidades de jogos e dificuldades queimam tantas calorias quanto aquelas perdidas por pessoas que praticam exercícios aeróbicos de alto impacto.

Wii Sports (Foto: Divulgação)Wii Sports (Foto: Divulgação)

Hábitos saudáveis

A comunidade médica também apoia a causa dos games na promoção de hábitos saudáveis. Tomemos como exemplo a “Robert Wood Johnson Foundation”, que estabeleceu o Programa de Pesquisa de Games Saudáveis no final de 2007 para promover o uso de games na área da saúde. O programa, sob direção da Universidade da Califórnia e da pesquisadora Debra Lieberman, já distribuiu 21 bolsas para os hospitais e universidades em todo o país para pesquisa e desenvolvimento de projetos originais, que utilizem jogos que requerem atividades físicas ou a promoção de hábitos saudáveis. O centro também lançou em 2010 um banco de dados online com informações sobre estes games, que irá auxiliar profissionais da saúde, educadores e legisladores a encontrarem em um único lugar uma ampla compilação de games saudáveis, pesquisas sobre o tema, publicações, organizações e eventos neste campo que está em rápido crescimento.

Talvez o projeto mais notável nesta área seja um game online gratuito intitulado “The Incredible Adventures of the Amazing Food Detective”. Este game para computadores ensina crianças entre 9-10 anos sobre nutrição e exercícios. No game, as crianças escolhem uma, entre diferentes aventuras que envolvem a ”solução de uma misteriosa epidemia de hábitos pouco saudáveis,” um processo que inclui, por exemplo, calcular a quantidade de açúcar presente nos refrigerantes. Depois de 20 minutos, o jogo é desligado automaticamente, forçando os jogadores a praticar uma atividade diferente pela próxima hora.

Os games também são usados para problemas de saúdes mais específicos. Por exemplo, um game chamado “Eye Spy” auxilia os oftalmologistas a encontrar problemas e dificuldades visuais nas crianças logo cedo. Pesquisas apontam que, uma em cada quatro crianças têm algum problema de visão, mas a maioria não é diagnosticada. Os games, assim como o “Eye Spy” usam o tempo de resposta das crianças para identificar problemas como vista cansada, distúrbios da retina e até mesmo cataratas.

O HopeLab, um grupo sem fins lucrativos focado na melhoria da qualidade de vida de crianças com doenças críticas, criou um game chamado “Re-Mission” para crianças e adolescentes com câncer. O game traz um robô que viaja pelo corpo humano de um paciente fictício diagnosticado com câncer para destruir as células cancerígenas, combater a infecção e amenizar os efeitos do tratamento. A revista “Pediatrics” publicou uma pesquisa mostrando que o game ajudou os pacientes, principalmente os mais jovens, a permanecerem com o tratamento de forma mais efetiva, além de ajudá-los a compreender melhor a doença.

Programas de Reabilitação

Tradicionalmente considerado apenas como meio de diversão, nos últimos anos os videogames têm tomado um significado todo especial para pessoas que tiveram suas vidas alteradas por algum tipo de acidente ou doença. Os games surgiram como uma ferramenta de reabilitação excepcionalmente atraente que promove recuperações mais rápidas e eficiente de doentes e lesionados.

Nos últimos anos, soldados que retornaram da guerra do Iraque puderam contar com a ajuda de games que auxiliaram os veteranos a lidarem com o transtorno de estresse pós-traumáticos. Estes jogos levaram a terapia de exposição a um novo nível, permitindo que os veteranos pudessem experimentar, sentir e ouvir as situações necessárias para processarem emocionalmente memórias traumáticas.

Já existem terapias onde os videogames são usados para o tratamento de dependentes químicos, recriando nos games um cenário virtual onde o dependente pode enfrentar as tentações do mundo real em companhia de um terapeuta. O esforço é concebido para ajudar os pacientes a construírem a tolerância necessária à compulsão incontrolável adquirida anteriormente.

Reabilitação com games (Foto: Divulgação)Reabilitação com games (Foto: Divulgação)
Videogames também são responsáveis pela melhoria da função motora e da resistência óssea em adolescentes com paralisia cerebral. Os participantes se exercitavam com o videogame pelo período de 30 minutos por dia, cinco dias por semana. Depois de jogar, os participantes passaram a realizar com mais facilidade atividades corriqueiras como comer, se vestir, tomar banho, entre outras tarefas.

Hospitais e centros de reabilitação estão usando o console Nintendo Wii e o acessório Kinect para Xbox 360, pois acreditam que através deles os pacientes gradualmente podem restabelecer o equilíbrio, força e as funções motoras.

Treinamento Médico

Videogames também estão sendo empregados para treinar médicos a responderem com maior rapidez a situações que envolvem riscos de morte. Eles são treinados repetidamente em games que simulam estas situações.
Tratamento Médico (Foto: Divulgação)Tratamento Médico (Foto: Divulgação)
 São usados nestas situações games do gênero first-person shooter (jogos de tiro em primeira pessoa, em português) que auxiliam os profissionais a estarem preparados para emergências como ataques terroristas ou danos causados por armas biológicas, simulando a interação com os pacientes. 

Os games ajudam os professores a mensurar a reação dos estudantes em todo cenário possível, sem colocá-los realmente em perigo.

Dezenas de hospitais, faculdades e clínicas médicas possuem videogames em suas instalações para diferentes treinamentos. Alguns games auxiliam na identificação de sintomas e a resposta ao tratamento, incluindo queimaduras ou comportamento estranho, como demência. Pesquisas apontam que médicos que jogam videogames pelo menos três horas por semana são 27% mais rápidos e estão 37% menos propensos a cometerem erros comparados aqueles que nunca jogaram.


Veja outros benefícios dos games:

Os videogames são uma forma de reduzir o estresse, de relaxar após um dia cheio de trabalho e da rotina diária na vida de qualquer pessoa.

Há estudos que afirmam que os jogos de ação ajudam a melhorar a visão e a percepção dos usuários. Jogar estimula a capacidade de solucionar problemas e auxilia no desenvolvimento de diversas habilidades como, por exemplo, a coordenação e os reflexos. Os videogames auxiliam na capacidade de socialização das pessoas e ajudam a desenvolver habilidades. Por isso, aqueles que jogam videogames, pelo menos durante três horas por semana, cometem 37% menos erros no trabalho e trabalham em um ritmo mais rápido, comparados àqueles que nunca jogaram.

A “ciberpsicologia” é uma disciplina que busca a cura para problemas reais por meio dos videogames, como por exemplo, traumas e diferentes patologias. Sendo assim, os videogames também são benéficos à saúde nos seguintes casos:

. Ajudam a superar e enfrentar fobias, sendo uma boa receita para vencê-las.

. Funciona como uma terapia que expõe o paciente aos seus medos, dentro de um ambiente totalmente controlado.

. Pode-se utilizar, por exemplo, uma game para simular grandes alturas ou espaços pequenos para aqueles que sofrem de vertigem ou claustrofobia. Outros títulos, como simuladores, podem auxiliar no combate ao pânico que muitos apresentam quando sentam ao volante de um carro na vida real.

. Alguns videogames estimulam ainda mais o cérebro, e o exercita para responder mais rapidamente. Assim sendo, patologias associadas à perda de controle e de memória podem ser curadas com terapias que utilizam os videogames como remédio, sem contar que muitos títulos facilitam o exercício do autocontrole, segundo alguns estudos.

. Um menino ou menina que passa pelo complicado processo de divórcio dos seus pais, pode superá-lo com a ajuda de um videogame onde, por exemplo, uma criança enfrenta situações semelhantes numa forma menos ameaçadora. Desta maneira, o menino ou menina está sendo exposta a situação e aprendendo a lidar e assimilar a dor, ajudando e diminuindo seu sofrimento.

. Pesquisadores da Escola de Medicina de San Diego, nos Estados Unidos, afirmam que os videogames interativos são úteis para tratar os sintomas de depressão nos adultos e pessoas na terceira idade. Uma informação que pode ajudar vocês, pais, avós, tios e tias, a compartilharem algumas horas na frente dos videogames com seus filhos, netos e sobrinhos.

Como podem ver os videogames nos proporcionam mais coisas boas que ruins, desde que, claro, sejam usados com controle. Mesmo que muitas pessoas, entidades e a própria sociedade afirmam que os videogames são prejudiciais porque promovem o sedentarismo, o fracasso, e que muitas vezes estimulam a agressividade, o racismo e muitos outros aspectos negativos, não temos que ter vergonha de desfrutar deste prazer tão maravilhoso, mesmo que muitos ainda insistam em falar mal.

.A verdade é que os jogos estimulam a imaginação, divertem, entretém e auxiliam para uma qualidade de vida e saúde ainda melhor.


Bom deu pra notar então que jogos diferente do que alguns falam podem sim ajudar muito na vida de uma pessoa não é? Bom então sim eles podem ser considerados esportes. Afinal xadrez você joga como mesmo? Pois é, sentado... Não que eu não seja uma jogadora de xadrez, pelo contrario, amo jogar. Mas convenhamos que generalizar já sacanagem né? Bom eu, como uma gamer (não profissional ainda) devo informar que se não fosse meus lindos rpg's meu raciocínio seria lento igual ao teu (jornalista de merda). E outra o mundo e principalmente o Brasil está essa merda porque mesmo? Jogos de videogame? Ah é o Brasil é país do Futebol... grande esporte né?  Bom não que futebol seja uma merda, mas essa jornalista me fez pensar realmente em que pais estou... É isso ai galera bom espero que tenham gostado dessa matéria (exagerada) sobre games e como eles podem influenciar para o bem na vida de uma pessoa! Até logo.

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